Comida e a Cultura Holandesa

Começou!

A partir de hoje acontece o #MuseumWeek: evento on-line internacional comemorando assuntos de instituições culturais ao longo de 7 dias, com 7 temas e 7 diferentes hashtags! É uma oportunidade pra você compartilhar e discutir suas paixões culturais nas redes sociais, usando as hashtags dedicadas ao evento.

A edição deste ano traz assuntos relacionados ao "estilo de vida" e, especialmente em 2017, o evento está comprometido com a causa da igualdade de gênero. Assim, além da hashtag dedicada ao dia, você também pode usar #WomenMW e estimular a discussão sobre mulheres e cultura.

E, pra começar, que tal mostrar sua visão sobre como a comida se relaciona com a cultura? Divirta-se e sinta-se livre para interpretar a hashtag de hoje: #FoodMW

Valendo!

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O texto acima foi publicado na página do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e nós, do Centro Cultural Castrolanda, decidimos entrar na "brincadeira".

Para começar, vamos falar sobre a alimentação e a cultura holandesa.

Existem muuuitas coisas para falar sobre este assunto... Daria para escrever um livro!
Apresentamos algumas comidas típicas holandesas no começo do mês, relacionando-as com o tema Festa Junina. Você pode conferir algumas delas e copiar as receitas clicando aqui.

O infográfico a seguir traz um breve resumo sobre a introdução da batata na cultura holandesa.

O cultivo de batatas se mostrou mais lucrativo para os holandeses do que o cultivo de trigo e de arroz. eles se especializaram tanto no cultivo de batatas que desenvolveram, inclusive, novas variedades do produto, adequadas de acordo com a forma de preparo, por exemplo, batatas para purê, mini batatas, batatas para fritura, etc.

Os holandeses são muito conhecidos pelo consumo de batatas, especialmente batatas fritas com diversas opções de molho, da maionese à pasta de amendoin e purê de batatas (stamppot) comumente servido com linguiça e alguma verdura.

Existe na região norte/nordeste dos Países Baixos uma bolacha que só é encontrada por lá. Esta bolacha é chama de knieppertje;knijpertje ou knieppertie, dependendo da província em que se está.

A massa leva farinha, água, manteiga e canela e seu preparo só pode ser feito com o auxílio de um aparelho que ajuda a assar e moldar estas bolachas.

O Knieppertjesijzer:

Uma curiosidade que deve pegar muitas pessoas de surpresa está relacionada à Torta Holandesa, tão famosa aqui no Brasil e completamente desconhecida pelos holandeses! Acreditem!

Pesquisamos como isso seria possível e antes de dar a resposta, deixamos registrado que a torta mais tradicional da Holanda é a de maçã!! Em toda festa de aniversário é servida uma fatia de torta de maçã, que, em sua versão original, deve vir COM passas! 

Mas vamos à resposta: A torta holandesa é uma "invenção" BRASILEIRA!!

Sim meus caros, ela foi criada por uma brasileira de Campinas (SP), para homenagear os bons momentos vividos na Europa. A criadora, Silvia Leite, tinha uma confeitaria e criou a receita em 1990 para homenagear uma família de holandeses que a hospedou. Sua empresa, "Holandesa & Cia havia deixado de ser só um café e já era uma fábrica que atendia restaurantes. A Alibey fazia petit gateau congelado, vendido em supermercados. As duas se uniram e formaram a Mr. Bey, que a gente encontra tanto em restaurantes quanto em supermercados, e agora já sabe que é a Torta Holandesa oficial!"¹ 

 ¹(fonte: http://oquetemdesobremesa.com.br/historia-da-torta-holandesa/)

Aqui no Centro Cultural também é possíve observar como a comida se integra à cultura, começando pelo moinho, construído em 2001 para homenagear 50 anos da imigração holandesa em Castro, onde é possível ver a estrutura e a dinâmica da moagem de grãos, usando a energia do vento para produzir farinha.
Ao redor do Museu Histórico, encontramos algumas árvores frutíferas e uma horta, simbolizando a produção para subsistência que os fazendeiros do norte da Holanda mantinham em suas propriedades. Nestas fazendas, as mulheres eram responsáveis pelo cuidado com o pomar e a horta.

Nos pomares, era comum encontrar pêras, maçâs, figos e damascos, que se tornavam deliciosas compotas, tortas, geléias e molhos nas mãos das donas de casa.

       
Imagens: horta e poço Museu Histórico de Castrolanda